sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Cordel Bibliotecário

Cordel Bibliotecário
 
Peço a Deus inspiração
Pra ditar neste papel
De alguém que faz dos livros
O mais belo painel
Em um trabalho diário
Falo do Bibliotecário
Nas minhas rimas de cordel.
 
Leitura é o universo
Que fascina multidões
Que dá asas para a vida
Nos liberta dos grilhões
Letras são seus santuários
Dos livros os guardiões.
 
Só através das leituras
Conhecerão meus segredos
Meus sonhos, minhas vontades
Meus caminhos, meus enredos
Minhas dores e alegrias
Sorrisos e fantasias
Minhas vontades e medos
 
Com os livros são zelosos
E com eles têm ternura
Nos facilitam o acesso
Para o mundo da cultura
Uns dos livros têm ciúmes
Das frases amam os perfumes
Mas sempre amam a leitura.
 
Incentivam o leitor
Ao novo, ao desconhecido
A um mundo de palavras
E de sonho colorido
Seja homem ou mulher
Sempre descobre o que quer
O seu leitor mais querido
 
Bibliotecário com livros
Os preservam e empinham
Ao caminho dos leitores
Os seus passos sempre brilham
A leitura é seu sabor
Quando ganham um leitor
Seus olhos e alma brilham.
 
Também sempre organizam
Todos os bancos de dados
E se responsabilizam
Por tê-los classificados
Informações armazenam
E nenhum querer condenam
Todos são orientados.
 
Às vezes o seu trabalho
Tem anônimo valor
Isso ao bibliotecário
Nunca, nunca causa dor
Sua luta é ganhar leitores
Ajudar pesquisadores
No efeito multiplicador
 
Seus caminhos são preciosos
Suas ações são necessárias
Sejam biblitoecas públicas
Infantis, comunitárias
Sejam aquelas populares
Ou então as escolares
Mesmo as universitárias.
 
Tem os das bibliotecas
Que são especilizadas
Para uma área restrita
As coleções são voltadas
Novo mundo pode ver
Orientando o saber
Com pesquisas detalhadas
 
Eles que nos facilitam
O encontro da informação
Mais do que arrumar estantes
é a total transformação
Da arte para cência
Todo dia uma experiência
Entra em seu coração.
 
Comum é os bibliotecários
Promoverem oficinas
Exposições e sessões
De leitura superfinas
Encantando com histórias
Retiradas das memórias
Os meninos e meninas.
 
E na era da Internet
Em que tudo é progresso
E nesse mundo Higt-tech
Será que eles têm ingresso?
Não  importa muito o meio
Eles ofertam o passeio
Pra todos terem acesso.
 
Mas não são somente flores
No dia dos bibliotecários
Muito trabalho estressa
E também baixos salarios
Fazer os investimentos
Para os reconhecimentos
Sempre serão necessários
 
Mas com amor vão levando
E nunca perdem o pique
O universo da leitura
Para eles são o tique
Lutam pra que a nação
Seja justa e então
Mais harmônica ela fique
 
Vou parar o meu cordel
Com amor e alegria
Mas o verso bem rimado
Sempre, sempre prestigia
Quem adora os glossários
Salve os bibliotecários
Adeus, até outro dia
 
César Obeid (escritor cordelista)