segunda-feira, 24 de setembro de 2012

UM POETA MUITO SAPECA, SEMPRE



UM POETA MUITO SAPECA, SEMPRE AMANDO MULHERES...
Antonio Alvares
UM POETA MUITO SAPECA, SEMPRE
AMANDO MULHERES BRASIL AFORA...

Nem álcool, nem cigarro...
Conseguiu me viciar
Mas o feitiço da mulher
Conseguiu me escravizar
Nem a força da gravidade
Atrai mais que seu olhar

Eu sempre ainda recordo
Dos lugares por onde andei
Na cabeça passa um filme
Sobre as mulheres que achei
Em cada canto desse país
Deixei saudades, bem sei!

Nas praias de Natal
Lá no Morro do Careca
Foi debaixo dum cajueiro
Que perdi a minha cueca
E nas nas dunas de areia
Rolei com menina sapeca

E em Campina Grande
Ou na bela João Pessoa
A paraibana é feminina
E tão danada de boa
Peguei elas no jeito,
Até debaixo de canoa...

Já na cidade de Recife,
Na praia de Boa Viagem
Conheci a bela da tarde
Tão bonita, tão selvagem
E nas ladeiras de Olinda
Pus a noite na bagagem

Foi lá em Paulo Afonso
Namorei três meninas
Lá no rio São Francisco
Segurei as cinturas finas
O que é que a baiana tem?
Tem as carícias divinas!...

Dessa vez, lá no Pará
Nos arredores de Belem
Num igarapé caudaloso
Provei o que a vida tem
Nos braços da paraense
Fui um pinto no xerém...

E lá no Rio de Janeiro
Um beijo de beija-flor
Foi tudo tão rapidinho
Lá pertinho do Redentor
No sotaque da carioca
Se "viaja" num planador

Em São Paulo, correria
Lá não se pára na pista
Só nos domingos um tempo
Pra ir atraz da conquista
E depois, só recompensa...
Da linda mulher paulista!

Fui morar no Rio Grande
Lá na Serra tão linda
Elegante mulher gaúcha
Bem vestida e granfina
Me chamava de "mineiro"...
Quando ficava traquina!

Mas foi em Curitiba
A maior diversidade
Nunca vi tanta polaca
Juntas noutra cidade
Tão brancas e macias
Que Santa Felicidade!...

Lá criei os filhos
Com sotaque curitibano
Mas engraçado mesmo
É meu sotaque cigano
Um sotaque universal
De quem vive mudando...

Na serra catarinense
A tão linda "alemoa"
De lá eu tenho saudade
Sòmente de coisa boa
A loiraça de peito farto,
Não deixava o poeta à toa...