quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

SOLENIDADE NA AL


 
O deputado Lula Morais (PCdoB) homenageando a Orquestra Eleazar de Carvalho,
o cantor Raimundo Fagner (representado por sua irmã Marta Lopes) e o poeta Arievaldo
 
Agradecimento de Arievaldo Viana
 

Saúdo primeiramente
A todos os deputados
Às demais autoridades
E artistas convidados
Nesta solene sessão
Em nome de Gonzagão
E dos homenageados.
 
Ao nosso LULA MORAIS
Meus cumprimentos primeiros
Por fazer esta homenagem
Junto com seus companheiros
Ao saudoso Gonzagão
O grande Rei do Baião
Orgulho dos brasileiros.
 
Um mandato comunista
Deve sempre se orgulhar
Dos heróis de nossa gente
E sua luta sem par
Em defesa do povão
Da terra e da tradição
Da Cultura Popular!
 
Também a Raimundo Fagner
Pelo seu grande trabalho
Sempre divulgando o mestre
Buscando o melhor atalho;
E usando uma rima destra
Quero saudar a orquestra
Eleazar de Carvalho.
 
A Orquestra aqui citada
Tem um trabalho bonito
Misturando o popular
Com pitadas do erudito;
E Fagner, na mesma saga,
Fez dois discos com Gonzaga
Equiparando-se ao mito.
 
Nosso Carneiro Portela
Tem a cara do sertão
Sempre foi divulgador
Do eterno Rei do Baião,
Seu legado não é pouco
Com o Nordeste “Cabôco”
De Mãe Preta e Pai João.
 
Paulo de Tarso é poeta
Traz rimas de caminhão
Lá dos confins de Tauá
Traz seus folhetos na mão
Vai portanto o meu abraço
Para o bom Paulo de Tarso
Colega de profissão.
 
O nosso fotógrafo Arlindo
Que é colecionador
Da obra de Gonzagão
Da cultura um lutador;
E com as bênçãos de Deus
Eu louvo Dimas Matheus
E a Casa do Cantador. 
 

Nosso Pedrinho Sampaio
Na mesma arte se irmana
Grande comunicador
E cordelista bacana
Nesta saudação que faço
Receba pois, o abraço,
De Arievaldo Viana.

 
Sou matuto cearense
Nasci no Sertão Central
Gibão e chapéu de couro
Foram o primeiro enxoval
Faço repente brincando...
Aqui vou me apresentando
Para todo o pessoal.

 
Do espaço sideral
A minha energia emana
O meu verso soa claro
Doce como mel da cana
Sou poeta de cordel
Trovador, o menestrel
Arievaldo Viana.

 
Agora passo a falar
Do grande homenageado
Sanfoneiro de talento
Compositor inspirado;
Para meu verso singelo
Ficar mais forte e mais belo
Em Martelo Agalopado:
 

Muito jovem partiu da Caiçara
Pra servir o Exército Brasileiro
Fortaleza serviu de paradeiro
Acolhendo mais um pau-de-arara
A primeira sanfona foi bem cara
Lá no Mangue a carreira foi inglória
Mas um dia viu os louros da vitória
Uma ave serviu-lhe de alavanca
Foi voando nas asas da Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a sua história.
 
Fortaleza, 5 de dezembro de 2012